In:
Revista Paulista de Pediatria, FapUNIFESP (SciELO), Vol. 39 ( 2021)
Kurzfassung:
RESUMO Objetivo: O isolamento social é identificado, no momento, como a melhor forma para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Porém, para alguns grupos sociais, como crianças e adolescentes, essa medida carrega uma contradição: o lar, que deveria ser o local mais seguro para eles, é também um ambiente frequente de um triste agravo, a violência doméstica. Este estudo visou avaliar e comparar as notificações compulsórias de violências interpessoais/autoprovocadas disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Estado de Santa Catarina, pré e pós-pandemia do novo coronavírus. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico das violências contra crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos de idade completos) notificadas pelos profissionais de saúde mediante o preenchimento e a inserção das ocorrências no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Estado de Santa Catarina, no período de 11 semanas em que foi instituída como obrigatória a medida de isolamento social, comparando tais eventos com os de igual período anterior a essa medida. Resultados: No período estudado, 136 municípios catarinenses realizaram 1.851 notificações. Houve diminuição de 55,3% destas no período de isolamento, listando-se possíveis dificuldades encontradas para a procura de instituições de proteção e assistência. Conclusões: Alerta-se para a necessidade de a sociedade estar atenta para a suspeita e evidência dos casos de violência na população infantojuvenil, e ressalta-se a importância de que sejam propiciadas formas acessíveis, eficazes e seguras, como incentivo para as denúncias, a notificação e o rápido atendimento dos casos, visando à proteção das vítimas, à minimização dos danos e, assim, ao impedimento da perpetuação da violência.
Materialart:
Online-Ressource
ISSN:
1984-0462
,
0103-0582
DOI:
10.1590/1984-0462/2021/39/2020267
Sprache:
Englisch
Verlag:
FapUNIFESP (SciELO)
Publikationsdatum:
2021
ZDB Id:
2560228-7